Paulo Freire e o caráter revolucionário da Pedagogia do Oprimido
Palavras-chave:
Pedagogia do Oprimido, Paulo Freire, Pedagogia da EsperançaResumo
Com o centenário (2021) de Paulo Freire e as perseguições ideológicas travadas para com o autor instalou-se uma disputa de narrativas que dentre elas a caracterização de Paulo Freire como um pensador pós-estruturalista, por este cenário objetiva-se problematizar a obra Pedagogia do Oprimido (2011) do autor, com intento de analisar seu caráter revolucionário e aferir a presença de características da filosofia epistemológica do materialismo histórico dialético, uma vez que, por distintas literaturas, caracteriza-se o autor como um pensador existencialista, fenomenológico, antimarxista. Para refutá-las, o artigo se alicerça na pesquisa qualitativa bibliográfica do livro supracitado em comunhão com a obra Pedagogia da Esperança: um reencontro com a Pedagogia do Oprimido (1992). Estrutura-se assim dois eixos de análise: caracterizar a falsa dicotomia entre subjetivo e objetivo e elucidar o referencial teórico por meio da análise dos capítulos da Pedagogia do Oprimido.