Órgãos de inteligência e o desenvolvimento dependente:
relações entre SNI e CIA (1964-1991)
Palavras-chave:
Serviços de inteligência, Guerras híbridas, Soberania nacionalResumo
O debate acerca da manutenção e consolidação da Soberania nacional na conjuntura contemporânea perpassa, inexoravelmente, a problematização das formas de construção e funcionamento dos serviços de inteligência de cada Estado-nação. A partir do estabelecimento de um diálogo com as contribuições acerca do caráter dependente do capitalismo brasileiro, propõe-se problematizar a forma como a subordinação brasileira ao capital internacional (com destaque para os EUA) condicionou a formação de um serviço de inteligência potencialmente débil e deficitário no que tange à efetiva garantia da Soberania brasileira frente aos múltiplos interesses impostos pelas potências hegemônicas. Foram apropriadas como fontes de pesquisa os documentos provenientes do Serviço Nacional de Informações (SNI) e do acervo de documentos desclassificados da Central Intelligence Agency (CIA). A partir de um prisma analítico gramsciano, este trabalho propõe-se a ampliação do conceito de hegemonia para consolidar um primeiro passo na teorização do fenômeno das guerras híbridas.